sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Reflexão

Conversando hoje com uma amiga, relembramos de várias coisas que já aconteceram conosco e ela me falou algo que fiquei pensando - Quando estávamos no colégio, achei que minha vida seria totalmente diferente! - A primeira coisa que me veio à cabeça, foi que eu também achava que com 23 anos minha vida seria diferente do que é agora..
Lembro-me que se alguém me perguntava como imaginava minha vida dali a 5 anos, minha resposta sempre era - Quero estar casada aos 23, ter concluído minha faculdade e ser independente! Claro que com 18 anos, apesar de muitas pessoas já terem muitas historias para contar e bastante experiência de vida, eu não era uma dessas pessoas. Sempre fui o que podemos dizer uma garota normal, ou seja, estudava, era sustentada pelos meus pais, não tinha nenhum relacionamento sério, me divertia com meus amigos, entre outras coisas que uma garota de 18 fazia (acho que as coisas que eu fazia as garotas de 18 anos hoje em dia não fazem mais, mas deixa pra lá rs).
Não me arrependendo de nada que fiz até meus 18 anos. Depois disso, muitas coisas mudaram, comecei a trabalhar, ampliei meu grupo de amigos, comecei a me relacionar sério com outras pessoas. Aprendi a dar valor ao que recebia, ou seja, uma miséria, meus pais ainda me sustentavam, mas agora só nas emergências, comecei a ter decepções amorosas, entre outras coisas.
Mas a coisa mais notória, foi que eu passei a não ter mais objetivos próprios, estranho dizer isso agora, pois só escrevendo pude me dar conta, que passei ao menos uns 3 anos sem pensar nas coisas que queria pra mim. Eu pensava em casar, mas não porque gostava da pessoa e sim pelo tempo de relação, eu pensava em me formar, mas não para ter conhecimento e sim para meu pai parar de pesar na minha. Tudo que eu fazia, fazia em prol de alguém ou para algo, mas nunca pra mim.
Mas como uma boa teimosa que sou, aprendi quebrando a cabeça, a cara, tudo que se possa imaginar, mas aprendi. Se disser que não me arrependo de muitas coisas durante esses últimos três anos, estaria mentindo, gosto de pensar que desses três anos só tiro as experiências e o resto simplesmente apaguei da minha memória. É como se no dia 15 de Janeiro de 2009, fosse dado meu segundo bilhete premiado.
Este está sendo o ano que estou buscando alcançar todos os meus objetivos, sem exceção, tudo aquilo que me prometi fazer no inicio do ano, estou cumprindo.
Terminei minha primeira faculdade, descobri no que realmente quero trabalhar e por isso estou seguindo rumo à segunda facu. Tirei o ano só para minhas prioridades, voltei a fazer tudo àquilo que curtia fazer sozinha, reaprendi a gostar da minha própria companhia, não entrei em relacionamentos furados, soube dizer não na hora certa e soube aproveitar apenas quando tive a necessidade. Intensifiquei meu relacionamento com verdadeiros amigos, abri mão de companhias que nada de bom me trazia e bati minhas asas em busca novas oportunidades.
Estabilizei-me em um emprego, mesmo não sendo ele o meu objetivo, mas é através do pagamento dele que estou arcando com os custos do quero fazer e até atingir meu objetivo é nele que vou ficar. Passei a gastar apenas o que recebo e investir naquilo que terei retorno. Enfim, cresci como pessoa, principalmente como mulher.
Então hoje com 23 anos, sou independente, estou na minha segunda faculdade e graças a Deus não estou casada, pois certamente seria infeliz e não teria tempo de escrever rs! Colocando na balança, creio que tudo está seguindo bem.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A pescada

Já ouviram aquela história, que se não está aberto para conhecer novas pessoas, elas não chegam até você? Pois bem, creio que seja pior ainda quando se está capotada e alguém tenta se aproximar.
Vou explicar melhor! Em um dia normal de trabalho, sai às 18 horas e iria me encontrar com minha amiga Janice para jantarmos juntas, o que geralmente fazemos uma vez por semana. Fui para o ponto e fiquei esperando pelo ônibus, neste dia estava literalmente capotada, não havia dormido bem, então em qualquer lugar que me encostasse pegaria no sono.
Peguei o ônibus e observei que só havia dois lugares no fundo, um dos lugares era ao lado de um rapaz bonito mas com uma cara de metido, pensei - Ta olhando o que com essa cara de metido? Se é tão bom como acha que é, ta fazendo o que num busão? Seu metido!!!
Mas como o melhor lugar era ao lado dele, foi lá que me sentei. Durante o percurso, no balançar do busão, fui balangando pra lá e pra cá e não deu outra, acabei cochilando, mas não de vez, fiquei pescando, toda vez que o ônibus brecava eu despertava. Em umas dessas brecadas, senti que meu corpo deu um volta de 360ºc, quando olhei para o lado, quem estava olhando pra mim - o Rapaz Bonito e Metido - eu meio que sem graça me recompus, mas muito sonolenta não dei muito atenção, quando ouço uma voz, bem lá no fundinho do meu pensamento!
- Que soninho hein! - Rapaz Bonito e Metido havia falado.
(Pausa para eu olhar para o lado, me dar contar que ele estava falando comigo, processar o que ele falou, ficar sem graça e pensar em uma resposta - 2 minutos aproximadamente depois)
Eu capotada - =) .....
Isso mesmo que entenderam, apenas sorri, não falei nada, não fui capaz de construir uma única frase descente, fiquei pensando, que tipo de cara com aquela idade, uns 25 pra lá, diria “mas que soninho hein!”. Pensei no que tinha pensado dele e porque um cara do tipo bonitão estava falando junto comigo. Nesse meio tempo que tentei na pescar mais pela vergonha de tê-lo julgado e tentando bolar uma resposta para seu primeiro comentário, quando ele solta mais uma!
Rapaz Bonito e Metido - Desculpa pela brincadeira sem graça!!!
- Essa teria sido minha chance de me redimir da primeira, mas consegui piorar a situação -
Eu capotada - Imagina, estou com bastante sono mesmo!
Antes mesmo de terminar a frase, fiquei pasma comigo, pelo dom que tenho de não ter habilidade alguma para conversar com uma pessoa que possa me interessar, mais que merda eu falei, não consegui me conformar com a minha capacidade de ser tapada!
Minutos depois, o rapaz levantou, ficou em pé por alguns instantes na minha frente de costas esperando chegar seu ponto e quando ia até a porta do ônibus, olhou para trás, sorriu e disse “Tchau!”, um tchau tão perfeito levando em consideração o conjunto: rapaz, sorriso e tchau!
Eu retribui ao tchau, com um sorriso também, mas ainda inconformada por não ter dito mais nada de útil.
Ficamos ali, um olhando para a cara do outro, até chegar o ponto dele. Ele com certeza pensando em como eu deveria ser lerda e eu confirmando esse pensamento dele.
Ele desceu alguns pontos antes de mim, fiquei ali sentada, naquele momento totalmente desperta, mas com uma cara de desapontamento comigo mesmo.
Desci no meu destino e encontrei a Janice, creio que a primeira coisa que ela reparou foi na minha cara de tonta, mas não comento nada por ser minha amiga.
Contei o caso a ela, claro ela riu da situação e fez o seguinte comentário:
Jani - Ahhh você devia ter falado alguma coisa!!!
Eu tonta - (sinceramente não respondi nada, apenas fiz aquela cara tipo, é né JENICE!!!)
Até hoje não me conformei com aquele dia, que a minha falta de habilidade em lhe dar com essas situações é totalmente desastrosa eu já sabia, mas chegar a esse ponto!
Logo posso dizer, não pesquem no busão, ao menos que já sejam casadas, noivas ou namorem, porque podem acabar perdendo a oportunidade de uma conversa por estarem capotadas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Traumas de presentes - Parte 1

Em todos os meus relacionamentos, nunca tive sorte com presentes, em nenhuma data, aniversário, dia dos namorados, enfim, data alguma. Todos eram egoístas e desatentos demais para se preocupar em agradar alguém ou sei lá não gostavam mesmo de mim. Mas pelo menos algumas histórias engraçadas sobraram desses relacionamentos.
Vou começar contando a história mais marcante dentre muitas. Era meu aniversário de 21 anos, caiu em um dia da semana e eu estava em casa, me lembro disso, pois estava de férias, as primeiras férias tiradas depois que comecei a trabalhar.
O dia estava normal, típico de aniversário, recebi algumas ligações, e-mails e etc. Como sou uma pessoa um tanto curiosa, alguns dias antes, fiquei perguntando para o namorado da época o qual seria o presente, ele dizia para não me preocupar que seria algo que gostaria e queria.
Mas como não era o primeiro aniversário ao lado dessa pessoa, não fiquei tão tranqüila assim. Porem como ele ficou dias fazendo propaganda do presente, então achei que finalmente seria algo que me surpreenderia.
Bom, neste dia, ele e seus pais foram até minha casa a noite (não me esqueço desse dia, porque até hoje lembro exatamente a sensação que tive assim que vi a embalagem do presente rs.), assim que eles chegaram observei nas mãos da mãe dele dois pacotes com a embalagem de uma loja famosa
- pausa para explicação - Quem me conhece, sabe que no quesito presente sou um tanto chata, não pelo valor, nem tamanho, mas sempre acreditei que quando se presenteie alguém, geralmente se pensa no que a pessoa gosta, algo do tipo e a embalagem muitas vezes mostra uma preocupação que a pessoa teve ao presentear, pode ser loucura, mas é assim que penso! -
Sendo assim, quando vi as embalagens logo pensei - Ele compro esse presente vindo para cá !
Aquilo naquele dia me tirou do sério com uma facilidade, que no momento não tive uma explicação por ter tipo aquela atitude, hoje diria que aquele dia me irritei não pelo presente, mas pela constante falta de descomprometimento que já acontecia há muito tempo.
Fiquei irritada, mal humorada e olha que não tinha nem aberto o presente, sinceramente estava com medo de abrir e ter um ataque de nervos na presença de todos.
Esperei eles irem embora e subi até meu quarto a fim de saber o que tinha nas embalagens, as duas eram igualzinhas, então não tive problemas para escolher qual abrir primeiro. Abri uma, era um pijama curto, branco e rosa com uma vaca se achando linda na parte de cima, pensei que deveria ter sido escolhido por sua mãe. Fui esperançosa para o segundo, MEU DEUS, outro pijama, uma camisola, listrada de lycra. Acho que nessa hora fui até o inferno e voltei. Fiquei me perguntando quando em algum momento eu em sã consciência havia pedido um PIJAMA ao meu namorado, tentei achar diversas desculpas para aquilo, mas não encontrei e não ser alimentar uma imensa raiva.
Para piorar a situação, ele me liga um tempo depois de ter chegado em sua casa, minha reação foi um das piores que já tive em toda minha vida, mesmo tentando esconder o que tinha achado do presente, mas não consegui, despejei toda minha raiva e insatisfação.
Mas pior do que o presente foi a desculpa que ele me deu para ter dado aquele presente.
Namorado - Eu tinha planejado te dar outra coisa!
Eu - E por que não deu?
Namorado - Pedi para um colega meu do trampo fazer um desenho com sua foto, mas não fico legal, depois pensei em te dar aquele creme da Natura que tinha comentado com minha mãe que queria, mas não achei (ele não sabia que a Natura era só por encomenda), ai lembrei daquele dia que fomos a C&A e você disse que precisava de uma camisola!
Eu - Quando eu disse que precisava de uma camisola, não disse que era para VOCÊ me dar a camisola de presente!
Namorado - Bla, bla, bla!!!
Eu - Bla, bla, bla!!!
No final das contas, eu me conformei com o presente, pedi desculpas pela franqueza, ele também me desculpou. Acreditei que depois desse episodio seria a ultima vez que brigaríamos por causa disso, mas não sabia da missa 1/3 do que ainda estava por vir. Ainda tinha a segunda parte dos presentes!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Jenice chumbinho!

A primeira história que vou contar é de alguém muito especial (Desculpa Jani rsrs)!
Escolhi essa para inaugurar nossas histórias, pois além de ser muito engraçada, me lembra de uma época muito querida, os anos do CEFAM.
Bom, foi a primeira vez que nos aventuramos a alugar um sitio para passar alguns dias. Marcamos de nos encontrar na escola, entre umas 15 pessoas estava ela, Janice, conhecida por mim por Jenice e por todos naquela época como Polinha.
Depois de sua mãe ter chorado porque não queria que ela fosse ao sitio, depois de termos ligado centenas de vezes em sua casa pela manhã, Jenice finalmente decidiu ir.
Eu vou resumir um pouco a Janice para quem não a conheci. Pensem em uma pessoa doce e pura de coração até mexerem com seus interesses. Aquela pessoa que quando encana com algo, não há quem a faça mudar de idéia. Fresca no bom sentido, pois gosta de tudo muito limpinho e dá maneira que deve ser, é tipo aquelas que provocam um barraco sem a intenção.
Sendo assim, quando chegamos ao sitio, alguns que já tinham ido na frente já estavam na piscina, então fomos deixar as bolsas no quarto e dar uma ajeitada na casa. Ajeitada mesmo, pois também queríamos aproveitar o sitio.
Então ajeitamos as coisas e descemos para a piscina, estavamos todos lá, menos a Janice. Quando me dei conta que ela não estava lá perguntei por ela, disseram que limpando a casa. Não acreditando muito no que ouvi, subi até a casa para conferir. Quando entrei na casa, não só a vi limpando, como também despejando água quente nas pias, ralos, pratos, todo lugar possível e imaginável.
A principio achei muito estranho, pensei em como perguntar o que ela estava fazendo de um jeito que ela não achasse que estivesse tirando uma com a cara dela, porque quem a conheça sabe que isso é muito fácil de acontecer.
Ana - Jenice vamos descer, depois eu ajudo você a limpar!
Jani - Não tem nenhum produto para limpar, não adianta mesmo esperar, por isso estou jogando água quente, pelo menos nos banheiros, tá muito sujo Ana Paula!!! ( mal sabia ela os lugares que se enfiaria anos mais tarde rs)
Ana - Ahhh por isso a água quente!!! Mas enfim, vamos descer e depois vemos isso!
Então descemos até a piscina. O dia estava quente, mas não estávamos com coragem para entrar na piscina, quando digo estávamos, apenas nós as mulheres, as poucas que foram, 4 para ser exata.
Começou a rolar aquelas brincadeiras de um jogar água no outro, jogar na piscina, essas coisas normais para a nossa idade na época. Até o momento que um infeliz (Jeferson, Pokan), pegou a pobre Janice indefesa que não sabe nadar pela cintura. Quando digo pegou pela cintura, imagine a cena, o infeliz pegou a pela cintura e grudou na cintura dele, como se pegássemos sei lá, uma escada.
Ficamos ali esperando ele dizer que era brincadeira, ela pedindo pra soltá-la, até ele soltar, na piscina! No lado mais fundo!
A imagem dela caindo na piscina me vêm a cabeça até hoje, imaginem um chumbinho indo direto para o fundo da piscina, sem desviar, se dobrar, mover. Foi como ela caiu direto para o fundo e do fundo foi retirada na mesma posição e lugar que caiu.
Ficamos ali esperando a reação dela, um escândalo ao menos, mas a pobre entro muda e saiu calada, tremendo igual vara verde. Não sabíamos se riamos ou esperávamos mais um pouco pelo escândalo.
Acho que o susto foi tão grande, que ela não soube o que fazer, ficou apenas imóvel na beira da piscina por uns 10 minutos e depois saiu e não comento nada. Também não fomos loucos de tirar sarro ou comentar na frente dela, as reações da Janice eram conhecidas como extremas na época, ou ela fazia um barraco daqueles ou ficava aos prantos, só depois de um bom tempo que lembramos desse episodio foi que a Janice achou graça.
Ainda assim, às vezes acho que se damos risadas demais desse episódio, a raiva contida daquele dia vai se manifestar rrsrs e a pequena Jenice vai se vingar de todos aqueles que estavam naquele momento!!