quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Traumas de presentes - Parte 1

Em todos os meus relacionamentos, nunca tive sorte com presentes, em nenhuma data, aniversário, dia dos namorados, enfim, data alguma. Todos eram egoístas e desatentos demais para se preocupar em agradar alguém ou sei lá não gostavam mesmo de mim. Mas pelo menos algumas histórias engraçadas sobraram desses relacionamentos.
Vou começar contando a história mais marcante dentre muitas. Era meu aniversário de 21 anos, caiu em um dia da semana e eu estava em casa, me lembro disso, pois estava de férias, as primeiras férias tiradas depois que comecei a trabalhar.
O dia estava normal, típico de aniversário, recebi algumas ligações, e-mails e etc. Como sou uma pessoa um tanto curiosa, alguns dias antes, fiquei perguntando para o namorado da época o qual seria o presente, ele dizia para não me preocupar que seria algo que gostaria e queria.
Mas como não era o primeiro aniversário ao lado dessa pessoa, não fiquei tão tranqüila assim. Porem como ele ficou dias fazendo propaganda do presente, então achei que finalmente seria algo que me surpreenderia.
Bom, neste dia, ele e seus pais foram até minha casa a noite (não me esqueço desse dia, porque até hoje lembro exatamente a sensação que tive assim que vi a embalagem do presente rs.), assim que eles chegaram observei nas mãos da mãe dele dois pacotes com a embalagem de uma loja famosa
- pausa para explicação - Quem me conhece, sabe que no quesito presente sou um tanto chata, não pelo valor, nem tamanho, mas sempre acreditei que quando se presenteie alguém, geralmente se pensa no que a pessoa gosta, algo do tipo e a embalagem muitas vezes mostra uma preocupação que a pessoa teve ao presentear, pode ser loucura, mas é assim que penso! -
Sendo assim, quando vi as embalagens logo pensei - Ele compro esse presente vindo para cá !
Aquilo naquele dia me tirou do sério com uma facilidade, que no momento não tive uma explicação por ter tipo aquela atitude, hoje diria que aquele dia me irritei não pelo presente, mas pela constante falta de descomprometimento que já acontecia há muito tempo.
Fiquei irritada, mal humorada e olha que não tinha nem aberto o presente, sinceramente estava com medo de abrir e ter um ataque de nervos na presença de todos.
Esperei eles irem embora e subi até meu quarto a fim de saber o que tinha nas embalagens, as duas eram igualzinhas, então não tive problemas para escolher qual abrir primeiro. Abri uma, era um pijama curto, branco e rosa com uma vaca se achando linda na parte de cima, pensei que deveria ter sido escolhido por sua mãe. Fui esperançosa para o segundo, MEU DEUS, outro pijama, uma camisola, listrada de lycra. Acho que nessa hora fui até o inferno e voltei. Fiquei me perguntando quando em algum momento eu em sã consciência havia pedido um PIJAMA ao meu namorado, tentei achar diversas desculpas para aquilo, mas não encontrei e não ser alimentar uma imensa raiva.
Para piorar a situação, ele me liga um tempo depois de ter chegado em sua casa, minha reação foi um das piores que já tive em toda minha vida, mesmo tentando esconder o que tinha achado do presente, mas não consegui, despejei toda minha raiva e insatisfação.
Mas pior do que o presente foi a desculpa que ele me deu para ter dado aquele presente.
Namorado - Eu tinha planejado te dar outra coisa!
Eu - E por que não deu?
Namorado - Pedi para um colega meu do trampo fazer um desenho com sua foto, mas não fico legal, depois pensei em te dar aquele creme da Natura que tinha comentado com minha mãe que queria, mas não achei (ele não sabia que a Natura era só por encomenda), ai lembrei daquele dia que fomos a C&A e você disse que precisava de uma camisola!
Eu - Quando eu disse que precisava de uma camisola, não disse que era para VOCÊ me dar a camisola de presente!
Namorado - Bla, bla, bla!!!
Eu - Bla, bla, bla!!!
No final das contas, eu me conformei com o presente, pedi desculpas pela franqueza, ele também me desculpou. Acreditei que depois desse episodio seria a ultima vez que brigaríamos por causa disso, mas não sabia da missa 1/3 do que ainda estava por vir. Ainda tinha a segunda parte dos presentes!

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